Belo Horizonte volta a comprovar por que é referência quando o assunto é bar. Doze casas da capital integram a lista dos 100 melhores bares do país da Exame Casual, em seu terceiro ano de publicação. O júri reúne 50 críticos e influenciadores; cada um indica 10 bares (cinco de sua região e cinco de outras), e a soma das menções define o posicionamento final. Em 2025, o primeiro lugar nacional ficou com o Tan Tan (São Paulo). Entre os mineiros, o Pirex aparece no top 10.
Abaixo, você confere um guia detalhado e comentado dos bares de BH presentes no ranking — com proposta, clima, destaque do cardápio e dicas de visita para planejar seu roteiro.
Os bares de BH no Top 100 — perfil e por que visitar
9º — Pirex (Centro) — top 10 nacional
Proposta: bar de espírito boêmio instalado na Galeria São Vicente, conhecido por seus petiscos de estufa — uma ode ao boteco clássico do Centro.
Clima: balcão disputado, circulação de público fiel, atmosfera de “parada obrigatória” para quem vive o Centro.
Destaque do cardápio: a vitrine de estufa dita o ritmo: clássicos de boteco feitos para acompanhar a conversa.
Para quem: apreciadores de boteco raiz e de comer “em pé no balcão”.
Dica de visita: vá com tempo para explorar a galeria e escolha os petiscos do dia na estufa — a graça é provar variedade.
28º — Cachaçaria Lamparina (Mercado Novo, Centro / Casa Alvorada, Funcionários)
Proposta: referência em cachaça na cidade, com duas unidades que celebram o destilado mineiro em diferentes contextos: efervescência do Mercado Novo e clima aconchegante da Casa Alvorada.
Clima: conversa fácil, balcão convidativo e atendimento que ajuda a navegar pelos rótulos.
Destaque do cardápio: cartas de cachaça amplas e bem curadas; bons beliscos para escoltar as doses.
Para quem: quer degustar e aprender sobre cachaça sem formalidade.
Dica de visita: peça sugestões por perfil (amadeirada, frutada, mais seca) e monte seu voo de degustação.
28º — Timbuca (BH)
Proposta: bar que une carta de cachaças com menu versátil, atendendo tanto noites de petiscos quanto almoços em família.
Clima: acolhedor e com serviço voltado à experiência de mesa, sem perder a informalidade do boteco.
Destaque do cardápio: pratos e beliscos pensados para compartilhar.
Para quem: grupos variados que buscam uma experiência de boteco com refeição.
Dica de visita: combine tábua de entradas com cachaças indicadas pela casa.
39º — Cabernet Butiquim (Savassi)
Proposta: bar com pegada gastronômica: pratos, petiscos, charcutaria, drinques premiados e carta de vinhos abrangente em estilos e faixas de preço.
Clima: descontraído, porém com atenção à apresentação e técnica.
Destaque do cardápio: embutidos e queijos para harmonizar com vinho; coquetéis autorais.
Para quem: quer sair do lugar-comum do boteco e experimentar combinações entre vinhos e beliscos.
Dica de visita: peça ajuda para harmonizar a charcutaria com taças por estilo.
39º — Juramento 202 (Pompeia)
Proposta: referência de cervejas e chopes artesanais, acompanhados de tábuas e petiscos que valorizam a experiência da bebida.
Clima: despojado, ideal para ir com amigos e descobrir rótulos.
Destaque do cardápio: seleção rotativa de chopes; beliscos fáceis de compartilhar.
Para quem: entusiastas do mundo cervejeiro e curiosos por novidades de torneira.
Dica de visita: pergunte pelos rótulos sazonais e faça flight de degustação.
39º — Mercadinho Bicalho (Santa Tereza)
Proposta: bar de bairro com alma de boteco, conhecido pela almôndega de carne — petisco queridinho, inclusive por chefs da cidade.
Clima: vizinhança, mesa na calçada e serviço direto ao ponto.
Destaque do cardápio: clássicos de boteco, com a almôndega como estrela.
Para quem: quer sentir Santa Tereza num bar que preserva a tradição.
Dica de visita: chegue cedo em horários de pico para garantir mesa externa.
49º — Porca Voadora (Serra)
Proposta: cozinha que reverencia a tradição belo-horizontina, com toques de afeto e técnica.
Clima: descontração da Serra com cuidado no preparo.
Destaque do cardápio: jiló recheado com carne de porco e frito — um dos itens mais celebrados.
Para quem: amantes de sabores clássicos de BH com pegada autoral.
Dica de visita: peça o jiló para abrir os trabalhos e compartilhe entre a mesa.
49º — Bar da Lora (Mercado Central / Praça Raul Soares / Savassi)
Proposta: um dos bastiões da tradição em BH, com três unidades e pratos emblemáticos.
Clima: clima de capital dos bares: mesa cheia, público diverso e serviço rápido.
Destaque do cardápio: fígado acebolado com jiló — experiência essencial para quem visita a cidade.
Para quem: quer clássico sem erro e atmosfera tipicamente belo-horizontina.
Dica de visita: aproveite a unidade do Mercado Central para combinar com um passeio pelos corredores.
56º — Okinaki (Lourdes)
Proposta: bar de inspiração asiática, um dos pioneiros em trazer temperos orientais para a informalidade do copo gelado.
Clima: moderno, bom para encontros e para quem gosta de provar sabores diferentes.
Destaque do cardápio: petiscos com técnicas e temperos do outro lado do mundo.
Para quem: busca contrastres entre petiscos orientais e chope/cerveja.
Dica de visita: combine porções frias e quentes para sentir a amplitude dos temperos.
62º — Florestal (Floresta)
Proposta: cozinha de protagonismo vegetal com técnica, sabor e referências múltiplas.
Clima: despretensioso e autoral, ideal para quem gosta de descobrir novas texturas.
Destaque do cardápio: tempurá de couve-flor, feito com técnica clássica oriental.
Para quem: vegetarianos, curiosos e quem aprecia vegetais no centro do prato.
Dica de visita: peça o tempurá como porta de entrada para a proposta da casa.
79º — Cozinha Tupis (Mercado Novo, Centro)
Proposta: resgate da cozinha mineira com técnicas de outras tradições, em ambiente de mercado.
Clima: vibrante, perfeito para petiscar e circular pelo Mercado Novo.
Destaque do cardápio: tempurá de milho, símbolo da criatividade local.
Para quem: quer viver a gastronomia do Mercado Novo com toques contemporâneos.
Dica de visita: circule pelos corredores e volte ao balcão para mais uma rodada de petiscos.
88º — Glouton Bar (Lourdes)
Proposta: versão bar de um ícone da cidade, unindo sabores mineiros a técnicas internacionais.
Clima: informal com cuidado de cozinha, ideal para quem busca petiscos com execução precisa.
Destaque do cardápio: combinações que atualizam referências mineiras.
Para quem: quer cozinha autoral em formato de bar.
Dica de visita: aposte nos clássicos da casa — a proposta está nos detalhes.
Por que isso importa para a cena de BH
O resultado reforça a diversidade da capital: do boteco de estufa e da almôndega de bairro, às cartas especializadas em cachaça, à cozinha vegetal e aos drinques/vinhos em bar gastronômico. É um mapa vivo de estilos que ajudam a explicar por que BH segue no radar dos amantes de bar no Brasil.
Como o ranking é construído
- 50 jurados (críticos e influenciadores) listam seus 10 bares preferidos;
- 5 indicações devem ser da região de origem do jurado e 5 de outras regiões;
- A soma das menções define a posição final no top 100.
BH mostra, mais uma vez, diversidade e qualidade: do boteco raiz aos bares de cozinha autoral, passando por cartas premiadas de drinques, cachaças de referência e cozinhas temáticas. Um roteiro que reforça por que a cidade segue no mapa dos melhores bares do Brasil.



